Conversando por aí...
- O Jornal
- 16 de set. de 2023
- 2 min de leitura
Estava eu no mercado na rotina das compras, quando um senhor me perguntou: “Quem inventou isso de ‘melhor idade’ ou ‘terceira idade’?” A indagação dele aguçou minha curiosidade também.
Os termos “terceira idade”, “melhor idade” foram criados pelo gerontologista francês Huet. Se referem à fase cronológica que coincide com a aposentadoria (que se dá geralmente entre 60 e 65 anos). Muitas terminologias têm sido utilizadas para designar esse período, ainda que alguns estudiosos do assunto digam que a diversidade de expressões sejam eufemismos. (*)
A Lei número 10.741, de 1º de outubro de 2003, em seu Artigo 1º, determina: “É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.”
Entre os direitos garantidos, por exemplo, estão a gratuidade de medicamentos e transporte público - além de medidas que visam a proteger e dar prioridades às pessoas idosas.
“Idoso” é um termo que indica uma pessoa com uma vivência traduzida em muitos anos. Em geral, a literatura classifica, didaticamente, as pessoas acima de 60 anos como idosos e participantes da Terceira Idade. Atualmente, essa referência passou para 65 anos.
Em 2019, uma pessoa nascida no Brasil tinha expectativa de viver, em média, até 76,6 anos, o que representava um aumento de três meses, em relação a 2018. A expectativa de vida dos homens passou de 72,8 para 73,1 anos e a das mulheres de 79,9 para 80,1 anos. Cogita-se, ainda, a existência de uma “Quarta Idade”, referente às pessoas com 80 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o envelhecimento em quatro estágios: Meia-idade: 45 a 59 anos; Idoso(a): 60 a 74 anos; Ancião: 75 a 90 anos; Velhice extrema: 90 anos em diante. Essas classificações objetivam a melhoria de vida das pessoas idosas, apesar da discriminação e preconceito com que a sociedade as trata. A velhice ainda é encarada como decadência, doença e peso social.
Em contrapartida ao preconceito e à dis
criminação, personalidades, intelectuais, políticos, artistas, empresários, comerciantes e trabalhadores com mais de 60 anos descaracterizam o estereótipo de “velho” ao demonstrarem que continuam produtivos na, assim chamada “velhice”, com inteligência, versatilidade, perspicácia, audácia, boa forma, bom humor e alegria.
Estar viva ou vivo, é sempre a melhor idade!
(*) Eufemismo, substantivo masculino. Figura de linguagem que emprega termos mais agradáveis para suavizar uma expressão.
Geni Alves dos Santos
Pilar do Sul (SP) 7/set/2023
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